
Entende que para um aluno, com necessidades específicas, ler e interpretar um enunciado pode ser um desafio muito maior do que para a maioria? No fim das contas, a interpretação pode não ser o objetivo final da avaliação, a não ser, é claro, que seja uma avaliação de interpretação de textos.
O ponto que quero chegar é, se queremos ter uma avaliação inclusiva, devemos apresentar ao aluno a menor porção possível de conteúdo e que tenha o máximo de significado para ele. Ou seja, todo o resto deve ser eliminado, tudo o que causa obstáculo para as necessidades específicas do meu aluno.
A avaliação é um processo complexo capaz de mexer com a autoestima das pessoas, influenciando e alterando a percepção de sua autoimagem, o que repercute decisivamente no decurso da aprendizagem e aumenta a responsabilidade e a necessidade de um trabalho afetivo, ampliando as chances de êxito na esfera educativa.
Quando falamos em trabalho afetivo, estamos falando em criar vínculos, estabelecer a empatia, gerar confiança. Isso pode e deve ser aprendido.